A Catedral Basílica de Salvador realiza nesta terça-feira (1º) o tradicional Te Deum, iniciando os festejos religiosos em celebração à Independência da Bahia. A celebração religiosa, marcada para às 9h, no Terreiro de Jesus, une fé, história e música para homenagear a conquista da liberdade em 2 de Julho de 1823, data em que as tropas brasileiras consolidaram a separação definitiva de Portugal no território baiano.
Presidida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sérgio da Rocha, a cerimônia contará com a presença de autoridades civis e militares, ao som do Coral da Irmandade do Senhor do Bonfim, regido pelo maestro Francisco Rufino.
Em entrevista à Tribuna da Bahia, o cônego José Abel Pinheiro, cura da Catedral, explicou que o Te Deum, de origem milenar, é um hino de ação de graças composto no século IV por Santo Ambrósio e Santo Agostinho, em Milão. Segundo ele, o cântico representa um gesto de reconhecimento pela intervenção divina em momentos marcantes da humanidade.
“O Te Deum é um ato de louvor a Deus por algum fato histórico. No caso do 2 de Julho, agradecemos pela liberdade, pela independência conquistada. Não é só uma tradição católica, anglicanos e evangélicos tradicionais também celebram. É um hino que deveria ser mais valorizado. Pelo menos uma vez na vida as pessoas deveriam participar dessa beleza que é o Te Deum na Bahia”, destacou o cônego.
O Te Deum, que em latim significa “A Ti, Deus”, é um louvor da Igreja Católica entoado aos domingos e dias solenes. Presidente a Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, também ressalta o papel simbólico da cerimônia: “É uma missa solene, com coral, que celebra a nossa independência. Um momento de agradecimento e memória histórica”.